Os medicamentos podem ficar mais caros no país após o Governo Federal autorizar um reajuste de até 4,5% nos preços dos produtos para 2024. A medida foi publicada na última quinta-feira (28/3), no Diário Oficial da União (DOU).
Por sua vez, a decisão entrou em vigor no último domingo (31/3). O valor máximo, definido pelo percentual de 4,5%, foi estabelecido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
O preço dos medicamentos é reajustado anualmente e o processo é uma forma de calcular um teto com base nas métricas do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Para mais informações sobre o assunto, confira abaixo o que se sabe a respeito da nova precificação dos remédios.
Preço dos remédios pode subir até 4,5%
Com o teto de reajuste fixado em 4,5% em 2024, o percentual de aumento pode ser aplicado em todo o país. Contudo, isso não significa que a mudança será automática.
De acordo com a CMED, o índice é apenas uma forma de definir o teto permitido para o reajuste.
Para chegar a esse índice, a pasta considera uma série de fatores, como a inflação dos últimos 12 meses (IPCA), a concorrência de mercado, a produtividade das indústrias farmacêuticas e os custos não captados pela inflação.
A partir de hoje (1º/4), as empresas que possuem o registro de medicamentos podem ajustar os preços pelos próximos quinze dias, prazo definido pelas instruções da Secretaria Executiva da CMED.
Isso significa que o reajuste de 4,5% poderá ser aplicado imediatamente, ou será parcelado ao longo do ano. Tudo irá depender da farmácia e da indústria farmacêutica em questão.
Menor reajuste desde 2020
O reajuste do preço de medicamentos de 2024 é o menor valor praticado desde 2020. Em comparação ao ano passado, de 5,60%, ele é igualmente inferior.
De acordo com o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), de 2014 a 2024, o IPCA acumulou uma alta de 77,5% frente à variação de preços dos remédios de 72,7%.
O comportamento dos preços dos medicamentos é um dos mais previsíveis e estáveis da economia brasileira. Além disso, em um ambiente competitivo como o farmacêutico, a concorrência é quem regula os preços.
De toda forma, dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais dos estabelecimentos que vendem os remédios, o aumento dos valores pode demorar algum tempo, ou sequer acontecer.
É importante ter em mente que a política de regulação de preços adotada no Brasil é focada no cidadão. Assim, o teto estabelecido busca proteger as pessoas, evitando aumentos abusivos no futuro.
Formas de economizar com os medicamentos
Mesmo que o aumento nos preços demore para acontecer, é importante que os cidadãos se preparem para uma possível alta. Isso vale especialmente para aqueles que realizam tratamento contínuo.
Pensando nisso, buscar economizar e saber como comprar remédios mais baratos é importante. Algumas dicas para esse processo são:
- Realize pesquisas de valores e compare-os, tanto na internet quanto nas farmácias;
- Prefira comprar online, onde é possível garantir maior praticidade e economia;
- Opte por genéricos ou marcas alternativas, mas apenas após consultar seu médico ou farmacêutico;
- Compre remédios em grandes quantidades para antecipar as altas e garantir descontos.