Uma projeção do Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos) e da Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias) indica que os preços dos remédios devem subir a partir de abril.
De acordo com as pesquisas, com o reajuste, os valores devem ficar até 4,5% mais caros. Pela legislação em vigor, esse procedimento é feito anualmente, sempre no começo de abril.
O percentual é definido pelo órgão da Anvisa, o Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos). Ele considera a inflação acumulada e uma série de outros indicadores.
Para entender mais sobre o assunto, confira abaixo o que se sabe a respeito do reajuste dos preços dos remédios.
Preços dos remédios podem subir a partir de abril
O reajuste anual definido pela Cmed deve entrar em vigor neste domingo (31/3).
Como informado anteriormente, de acordo com especialistas do setor, o aumento deve ser de 4,5%, considerado o menor reajuste desde 2019. Em 2023, a alta foi de 5,6%.
Vale lembrar que o percentual é apenas uma estimativa, visto que o aumento oficial será divulgado no domingo. Em determinados estados, o reajuste pode ser duplo, por conta do impacto das novas alíquotas do ICMS.
Isso significa que, a partir de abril, existe a possibilidade dos medicamentos ficarem mais caros, mas apenas se os estabelecimentos decidirem aumentar o valor.
De qualquer forma, o preço não pode ultrapassar o que for definido, como está previsto na Lei 10.742/2003, que estabelece as normas de regulação do setor farmacêutico.
Em nota, a Abrafarma, que representa 30 redes do varejo farmacêutico brasileiro, explicou que o reajuste atende a uma resolução legal, e deve ser praticado imediatamente após a publicação da decisão.
De acordo com o CEO da associação, Sergio Mena Barreto, o aumento dos preços anual tem como objetivo repor os custos da indústria e do varejo, bem como fazer os reajustes salariais e lidar com o custo de ocupação, perda de insumos e mais.
Aplicação da recomposição anual
O Sindusfarma também informa que a recomposição dos preços definida pelo governo pode ser aplicada em cerca de 10 mil apresentações de medicamentos disponíveis no mercado.
Seja como for, o reajuste não é um procedimento automático, muito menos imediato.
Para o setor farmacêutico, a concorrência entre as empresas ajuda a regular os preços, tendo o mesmo princípio ativo que é vendido por fabricantes e lojistas.
Com isso, é fundamental que o consumidor passe a pesquisar nas farmácias e drogarias quais são as melhores ofertas de medicamentos prescritos por seus médicos.
De qualquer forma, de acordo com a Sindusfarma, dependendo da reposição de estoques e das estratégias de cada estabelecimento, o aumento dos preços pode demorar meses, ou até mesmo não acontecer.
Como economizar na compra de remédios?
Os medicamentos são uma parte considerável da renda de muitas famílias. Para os cidadãos que fazem tratamento contínuo, por exemplo, o impacto pode ser ainda maior quando se trata da alta nos preços.
Tendo isso em mente, saber como comprar remédios mais baratos e economizar é fundamental. Para isso, algumas dicas que podem funcionar são as seguintes:
- Faça pesquisas, tanto na internet quanto nas farmácias, e compare os preços;
- Compre medicamentos em grandes quantidades, antecipando as altas e garantindo possíveis descontos;
- Avalie a possibilidade de comprar online, onde o processo é mais prático e econômico;
- Busque por genéricos ou marcas alternativas. Contudo, lembre-se de consultar seu médico ou farmacêutico antes;
- Prefira farmácias que tenham convênios e programas de fidelidade, para obter descontos maiores.