De acordo com atualizações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços do Consumidor Amplo teve uma desaceleração no mês de março. No país, esse é o principal indicador da inflação nacional, impactando a economia nacional.
Os números foram divulgados em um boletim oficial do instituto de pesquisa, publicado nesta quarta-feira, 10 de abril. Além disso, estão incluídas as informações dos setores com maior crescimento. Entenda mais a seguir e confira esses números.
Quais são os números do IPCA de março?
Em março, a inflação desacelerou com registro de alta de 0,16% e 0,67 ponto percentual. Esse valor é menor que o registrado em fevereiro, quando a inflação chegou a 0,83%. Atualmente, a inflação acumulada no ano está em 1,42%.
Esses números são resultados dos registros obtidos a partir das variações do IPCA nos últimos 30 dias. No boletim, o gerente da pesquisa, André Almeida, associou a desaceleração na inflação com a baixa dos preços da Educação após o mês de fevereiro.
“Essa desaceleração na inflação também é explicada pelo fato de que, em fevereiro, os preços da Educação tiveram alta significativa por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo, o que não aconteceu em março”, afirmou o pesquisador.
Ao todo, foram analisados 9 grupos distintos, e 6 destes tiveram alta na passagem entre o mês de fevereiro e março. Em específico, o grupo da Educação saiu de uma lata de 4,98% para 0,14% após o período de matrícula e compra de materiais escolares.
No entanto, o maior impacto registrado ficou para o grupo de Alimentação e Bebidas. A variação registrada chegou a 0,53%, seguida do movimento de menor alta abaixo do registro de 0,95% em fevereiro.
Para o IBGE, essa variação é resultado de problemas relacionados com as questões climáticas, causando o aumento dos preços dos alimentos nos últimos meses. Em relação a março, foram registrados aumento nos preços novamente, mas em menor progressão.
Como ficou a inflação regional?
A nível nacional, o IPCA ficou em 0,16%, mas a pesquisa do IBGE também acompanha a variação regional com base no registro de cada estado. Em março, a maior alta foi registrada em São Luís, Maranhão, chegando a 0,81%.
O motivo pela alta no local está relacionada com os preços do tomate, que chegou a ter um aumento de 23,51% de um mês para o outro. Em relação ao recuo dos preços, somente a região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, registrou redução.
Contudo, foi uma diminuição de 0,13% causada principalmente pelo recuo dos preços da batata-inglesa e da gasolina na capital gaúcha. Por definição, o IPCA engloba uma parcela maior da população, pois aponta a variação do custo de vida médio.
Esse custo de vida é calculado em relação a uma família que possui renda mensal entre 1 e 40 salários mínimos. Ou seja, entre R$ 1.412 e R$ 59.304, seguindo o piso nacional vigente.
Para um cálculo mais específico, é utilizado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Isso porque essa taxa verifica a variação de custo de vida médio apenas das famílias com renda mensal entre 1 e 5 salários mínimos.
As informações relativas à inflação regional estão disponíveis em outro boletim do IBGE.