O Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) aprovou, nesta quarta-feira (28/2), um novo teto de juros para o crédito consignado de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Por 14 votos a 1, o Conselho permitiu que o teto para o empréstimo consignado convencional, que inclui desconto em folha de pagamento, fosse reduzido de 1,76% para 1,72% ao mês.
Da mesma maneira, para operações com cartão de crédito e cartão consignado, a taxa máxima mensal foi ajustada de 2,61% para 2,55%.
Para entender mais sobre a nova redução do teto de juros do crédito consignado, confira mais informações sobre o assunto abaixo.
Redução do teto de juros do crédito consignado
Com a publicação da resolução do CNPS, os novos juros começam a valer em cinco dias úteis.
Depois desse prazo, os bancos e instituições financeiras em geral não poderão mais oferecer empréstimos e cartões consignados com taxas superiores às definidas pelos tetos atualizados.
A modalidade de consignado é um crédito de responsabilidade da Previdência Social. De acordo com as regras atuais, um beneficiário do INSS pode comprometer até 45% do seu benefício com o empréstimo.
Nesse sentido, 35% são destinados ao empréstimo pessoal, 5% para o cartão de benefício e 5% para o cartão de crédito.
O valor pode ser pago em até sete anos, e os juros são limitados. Dessa forma, a instituição financeira pode cobrar menos, mas não mais do que a taxa definida.
Por sua vez, a redução acompanha a taxa básica de juros da economia, que é a Selic. Atualmente, ela está em 11,25% ao mês.
Questões do empréstimo
A contratação do empréstimo deve ser cuidadosamente avaliada pelos beneficiários. Assim, é fundamental questionar se é possível comprometer a renda pessoal com esse valor mensal.
Para facilitar o processo, o ideal é listar todos os gastos mensais, incluindo contas de energia, telefone, água e gás, aluguel, supermercado, educação, saúde e outros.
Depois de anotar todas as despesas, só então é aconselhável verificar se o valor da parcela do consignado pode ou não ser incluído no orçamento mensal.
É preciso ter equilíbrio. Caso o empréstimo comprometa 15% da renda, por exemplo, o restante dos gastos deve necessariamente ficar abaixo de 85% do valor recebido.
Com isso, é possível evitar a inadimplência, possibilitando também uma melhoria na situação financeira.
No caso dos aposentados e pensionistas do INSS, bem como beneficiários do BPC, como informado anteriormente, é possível pagar o empréstimo em até sete anos, ou 84 meses.
Contudo, é preciso estar atento às taxas e ao CET (Custo Efetivo Total), para que a renda não seja comprometida com um valor do consignado maior do que o necessário.