O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta terça-feira (26/3), os números do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15).
Considerado a prévia da inflação oficial do país, o índice desacelerou em março, chegando a 0,36%, após atingir alta de 0,78% em fevereiro.
Com o resultado anunciado pelo IBGE, o IPCA-15 registrou um aumento de 1,46% no acumulado de 2024. Nesse sentido, em 12 meses, a alta foi de 4,14%, diante da taxa de 4,49% vista até fevereiro.
Para mais informações, confira abaixo outros números a respeito da prévia da inflação do IPCA de março.
IPCA-15 em 0,36% em março, após atingir 0,78% em fevereiro
O resultado da prévia da inflação medida pelo IPCA-15 ficou ligeiramente acima dos 0,32% que foram anteriormente projetados pelo mercado, influenciado pelo grupo de alimentação e bebidas, sendo a alimentação o grupo de maior peso no IPCA.
Seja como for, mesmo com a aceleração, a taxa é a mais baixa para o mês desde 2020.
Como informado anteriormente, o acumulado em 12 meses voltou a desacelerar, indo de 4,49% para 4,14%, sendo a mais baixa desde julho de 2023, quando registrou 3,19%.
Igualmente, a taxa em 12 meses está abaixo do teto da inflação definido para o ano, que é de 4,5%.
Mesmo assim, os dados de março vieram acima do esperado pelo consenso LSEG (London Stock Exchange Group) dos analistas. Com base nas métricas, a inflação mensal seria de 0,33% na comparação mensal, e de 4,13% em 12 meses.
Além disso, dos nove grupos de produtos e serviços que entraram na avaliação do IBGE, cinco registraram alta neste mês.
Além de Alimentação e bebidas, são destaque o grupo de Transportes (0,43%) e Saúde e cuidados pessoais (0,61%). O resto das variações ficou entre Artigos de residência (-0,58%) e Habitação (0,19%).
Alimentação e bebidas
No grupo de Alimentação e bebidas, a alimentação em domicílio subiu 1,04% neste mês. O resultado é proveniente das altas da cebola (16,64%), do ovo de galinha (6,24%), das frutas (5,81%) e do leite longa vida (3,66%).
Já outros itens entraram em queda, como a batata-inglesa (-9,87%), a cenoura (-6,10%) e o óleo de soja (-3,19%).
Em comparação ao mês passado, a alimentação fora do domicílio acelerou, indo de 0,48% para 0,59% em março. A definição é observada em virtude de uma alta mais intensa da refeição, indo de 0,35% em fevereiro para 0,76% em março.
O momento de alta dos alimentos preocupa o Governo Federal. Afinal, o aumento dos preços pode ser impactante para as famílias, especialmente as de baixa renda.
Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com ministros para falar do tema. Existe ainda uma projeção de que os preços dos alimentos possam ser abatidos a partir de abril.
Sobre o IPCA-15
O IPCA-15 é, basicamente, considerado a prévia da inflação no país, sendo medido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Nesse caso, o IPCA é o indicador de referência para a meta de inflação, definida por meio do Conselho Monetário Nacional (CMN).
O IPCA-15 e o IPCA possuem praticamente a mesma metodologia de cálculo, medindo a variação dos preços. O foco de ambos está na cesta de consumo das famílias que possuem rendimento entre um e 40 salários-mínimos.