O governo federal divulgou nesta quinta-feira (7/3) a lista completa de alimentos que irão compor a “nova cesta básica” do país.
Segundo a medida, a cesta deve ser composta por mais alimentos considerados naturais ou minimamente processados, além de ingredientes culinários.
O projeto foi publicado por meio de um decreto no Diário Oficial da União na última quarta-feira (6/3).
De acordo com o texto, a proposta do governo visa garantir o direito da população à alimentação adequada e saudável, promovendo a soberania e a segurança alimentar e nutricional.
Para conferir a lista de alimentos da nova cesta básica, leia a matéria completa abaixo.
Lista de alimentos da “nova cesta básica”
Como informado anteriormente, ficou determinado que a “nova cesta básica” deve ser composta por uma série de alimentos in natura ou minimamente processados e ingredientes culinários.
Da mesma forma, o decreto proíbe a inclusão de alimentos ultraprocessados. Segundo o documento, evidências científicas apontam que o consumo desses produtos pode aumentar a prevalência de doenças cardiovasculares, vários tipos de câncer, obesidade e diabetes.
Com isso, a cesta é mais uma iniciativa em busca da saúde e do bem-estar da população brasileira.
Considerada um direito humano básico, a alimentação adequada e saudável envolve a garantia de acesso às práticas alimentares ideais aos aspectos biológicos do ser humano.
Para isso, porém, os alimentos devem estar de acordo com as necessidades de cada um. Isso envolve as seguintes disposições:
- Referenciados pela cultura alimentar e pelas dimensões de gênero, raça e etnia;
- Baseados em práticas produtivas adequadas e sustentáveis;
- Harmoniosos em quantidade e qualidade, além de atenderem aos princípios de equilíbrio, prazer, moderação e variedade;
- Acessíveis do ponto de vista financeiro e físico.
Confira abaixo os grupos da cesta básica em ordem alfabética:
- Açúcares, sal, óleos e gorduras;
- Café, chá, mate e especiarias;
- Carnes e ovos;
- Castanhas e nozes (oleaginosas);
- Cereais;
- Feijões (leguminosas);
- Frutas in natura, frescas, secas embaladas, congeladas, fracionadas e polpas;
- Legumes e verduras in natura ou embalados, refrigerados, fracionados e congelados;
- Leites e queijos;
- Raízes e tubérculos.
Mais sobre o projeto
A proposta da cesta foi desenvolvida pelo Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, em parceria com entidades federais que lidam com a questão alimentar e nutricional.
O trabalho em conjunto dos órgãos deve garantir o propósito do projeto, e serão publicados guias de orientação a respeito da composição da cesta básica, que envolve uma determinada quantidade e combinação de alimentos.
Na decisão, uma série de critérios foram levados em consideração para compor a nova lista.
Isso inclui aspectos como os benefícios à saúde, a sustentabilidade, o respeito à cultura, à sazonalidade e às tradições locais, além da produção de alimentos orgânicos e agroecológicos da agricultura familiar e sociobiodiversidade.
Durante a realização do projeto, foi destacado o levantamento da Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional).
A pesquisa indica que, até o final de 2022, mais de 33 milhões de brasileiros passavam fome e mais de 125 milhões não tinham acesso regular à alimentação ideal.
Com a nova cesta básica, a finalidade é romper com esses números, garantindo o bem-estar populacional.