Governo define “nova cesta básica” no Brasil; veja o que muda

A nova cesta básica do governo possui uma série de mudanças. Saiba mais abaixo.

Amanda Birck
Amanda Birck - Jornalista
Nova cesta básica, cesta básica, alimentos. Foto: Reprodução / Pexels

O Governo Federal publicou, nesta quarta-feira (6/3), um decreto no Diário Oficial da União (DOU) a respeito da “nova cesta básica” do país.

De acordo com o texto, a finalidade do projeto é garantir o direito da população à alimentação adequada e saudável, de modo que seja promovida a soberania e a segurança alimentar e nutricional.

As informações do decreto devem orientar todas as ações, políticas e os programas relacionados à produção, consumo e abastecimento dos alimentos no futuro.

Para entender mais a respeito do projeto da nova cesta básica, confira o que se sabe abaixo.

A “nova cesta básica”

Na medida, fica determinado que a cesta básica deve ser composta por mais alimentos in natura ou que sejam minimamente processados, junto de uma série de ingredientes culinários.

Igualmente, o decreto proíbe a inclusão de alimentos ultraprocessados.

O documento informa que, como apontam evidências científicas, o consumo de produtos do tipo aumenta a prevalência de doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes, hipertensão e vários tipos de câncer.

A cesta básica de alimentos é mais uma das manobras que busca alcançar a saúde e o bem-estar da população brasileira.

Nesse sentido, como informa o decreto, a alimentação adequada e saudável é um direito humano básico, e que envolve a garantia ao acesso permanente e regular às práticas alimentares ideais aos aspectos biológicos humanos.

Esses alimentos, por sua vez, devem estar de acordo com as necessidades alimentares especiais, bem como as seguintes disposições:

  • Serem referenciados pela cultura alimentar e pelas dimensões de gênero, raça e etnia;
  • Acessíveis do ponto de vista financeiro e físico;
  • Baseados em práticas produtivas adequadas e sustentáveis;
  • Harmônicos em quantidade e qualidade, atendendo os princípios de equilíbrio, moderação, prazer e variedade.

Grupos da cesta básica

A proposta da nova cesta básica foi conduzida pelo Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. O órgão deve fazer parceria com outras entidades federais.

Eles, por sua vez, atuam na área de segurança alimentar e nutricional, de modo que sejam publicadas guias de orientação a respeito da composição da cesta básica, o que envolve a quantidade e a combinação de alimentos.

Nesse sentido, os grupos oficiais da nova cesta são os seguintes:

  • Feijões (leguminosas);
  • Raízes e tubérculos;
  • Legumes e verduras;
  • Frutas;
  • Cereais;
  • Castanhas e nozes (oleaginosas);
  • Carnes e ovos;
  • Leites e queijos;
  • Café, chá, mate e especiarias;
  • Açúcares, sal, óleos e gorduras.

De acordo com a pasta, uma série de critérios foram levados em consideração para compor a nova lista de alimentos básicos.

Entraram na decisão aspectos como os benefícios à saúde, a sustentabilidade, o respeito à cultura, à sazonalidade e às tradições locais e a produção de alimentos orgânicos e agroecológicos provenientes da agricultura familiar e da sociobiodiversidade.

Da mesma forma, o ministério ressaltou que, de acordo com dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan), até o final de 2022, mais de 33 milhões de brasileiros passavam fome.

Junto disso, mais 125 milhões não tinham acesso regular e permanente à alimentação adequada. A nova cesta básica busca romper tais números e garantir o bem-estar populacional.

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