O FGTS Futuro (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) poderá ser usado em até 120 meses a fim de facilitar a aquisição de imóveis por parte de famílias de baixa renda no Brasil.
Segundo informações da Caixa Econômica Federal, o FGTS Futuro passou a estar disponível neste mês de abril.
A novidade foi anunciada no final de março e a modalidade já está liberada para que as famílias conquistem seu imóvel próprio por meio do financiamento do programa Minha Casa, Minha Vida, a partir dos depósitos do FGTS.
A seguir, entenda como vai funcionar e quem tem direito a usar o FGTS Futuro.
O que é o FGTS Futuro?
O FGTS Futuro é uma modalidade do Fundo de Garantia que tem o objetivo de liberar um saldo para ajudar famílias de baixa renda no financiamento da casa própria.
O foco são trabalhadores com renda de até R$ 2.640, que integram a faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida, e podem financiar imóveis do programa governamental.
A medida foi desenvolvida pelo Conselho Curador do FGTS, ainda durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, e propõe a liberação de crédito para amortizar ou abater prestações dos imóveis adquiridos pelo programa.
O FGTS conta um orçamento de R$ 97,15 milhões para os novos financiamentos do Minha Casa, Minha Vida neste ano.
Também foram reservados R$ 8,5 bilhões para os trabalhadores que têm conta no Fundo de Garantia mas não integram o programa Minha Casa, Minha Vida.
A expectativa do Governo é que a medida beneficie cerca de 40 mil famílias de baixa renda por ano. Também espera-se que o benefício seja ampliado para todas as faixas do programa, contemplando famílias que tenham renda de até R$ 8 mil.
Como funciona?
Mas, afinal, como funciona o FGTS Futuro? De maneira resumida, os trabalhadores de carteira assinada vão poder utilizar os depósitos disponibilizados pelo fundo para financiar a casa própria.
Para realizar o processo, é necessário informar dados da instituição bancária na qual deseja realizar o financiamento imobiliário.
Os valores que vão ser transferidos automaticamente pela Caixa Econômica também devem ser informados.
Assim, neste tipo de financiamento, uma taxa de 8% do salário do salário do trabalhador poderá ser usada para completar o valor da parcela do financiamento. Os depósitos da taxa serão feitos de forma mensal pelos empregadores.
O Ministério das Cidades explicou o funcionamento da dinâmica tomando como exemplo uma família que tem uma renda mensal de R$ 2 mil.
Dessa forma, calculando a taxa de 8% sobre o valor do salário, a família teria direito a um depósito de R$ 160. Nessa situação, o imóvel poderia ser conquistado da seguinte forma:
- Oferta de financiamento no valor de R$ 100 mil da instituição bancária;
- Acréscimo do valor de R$ 10 mil do FGTS, que pode ser pago em um prazo de até 10 anos;
- Auxílio concedido a fundo perdido de R$ 30 mil;
- Valor final do imóvel: R$ 140 mil.
Caso essa família aprove, junto à instituição financeira, um financiamento que comprometa 22% de sua renda mensal (prestação de R$ 440), ela financiaria cerca de 100 mil, considerando a menor taxa de juros oferecida pelo fundo e o prazo máximo de amortização, 420 meses, destacou o Ministério das Cidades.
Por fim, caso haja interesse, o trabalhador deve autorizar o processo de caucionamento dos créditos disponibilizados pelo FGTS por um período de até 120 meses.
Os valores das parcelas vão ser quitados até alcançar todo o saldo que o trabalhador deve para concluir o pagamento do imóvel adquirido.