O sonho da casa própria pode impulsionar os esforços de muitos brasileiros. Para que seja possível sair do aluguel e conquistar esse objetivo, é comum que muitos optem pelo financiamento imobiliário.
As dúvidas que envolvem essa decisão, porém, podem impedir os planos de muitas pessoas. Mesmo que os juros possam encarecer o financiamento, por exemplo, ter o próprio imóvel evita ter que arcar com os custos expressivos de um aluguel.
Diante desse cenário, surge novamente a pergunta: seria melhor financiar um imóvel ou continuar pagando aluguel em 2024? Para entender melhor, confira a matéria na íntegra abaixo.
É melhor continuar alugando ou comprar um imóvel?
Para responder a essa questão, o b8 Notícias consultou o economista Wagner Matos, especialista em Logística Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Management in Business pela Universidade da Califórnia de San Diego/EUA.
Segundo Matos, com a redução da taxa de juros básica da economia, a Selic, muitas instituições bancárias também reduziram suas taxas de financiamento de imóveis, o que pode interessar aqueles que estão em busca de iniciar esse processo.
O economista explica como os cidadãos podem iniciar comparações entre os valores das prestações e o do aluguel, identificando os prós e contras de cada investimento.
“O cenário atual apresenta boas possibilidades, mas é necessário calcular e comparar as condições entre as diversas instituições financeiras para tomar a decisão mais acertada”, diz Wagner.
Além do financiamento, no entanto, é importante considerar outras alternativas que possam ser mais vantajosas. Matos menciona a opção do consórcio para aquisição e reformas de imóveis que, segundo ele, vem aumentando sua participação no mercado imobiliário.
“O consórcio é uma alternativa pois não tem a taxa de juros, porém é necessário comparar as taxas de administração, conhecer o percentual dos lances para contemplação da carta de crédito e adequar ao seu orçamento familiar”, complementa.
O que deve ser levado em conta
Existem vários pontos que devem ser considerados na hora de decidir entre a compra de um imóvel ou a manutenção do aluguel.
Para começar, comparar um possível financiamento com o custo do aluguel pode oferecer respostas mais claras para essa questão.
Isso pode ser feito por meio de simulações de quais seriam as parcelas do financiamento, considerando o valor disponível de entrada, bem como a probabilidade de elas serem maiores ou menores que o aluguel que seria pago no mesmo imóvel.
Assim, caso as parcelas do financiamento sejam muito mais altas do que o possível para quem deseja fazer a compra, pode ser mais vantajoso alugar e investir o restante, por exemplo.
A escolha do imóvel também deve ser feita com cuidado. É importante entender se ele atenderá às expectativas futuras do morador ou de sua família. Vale considerar se a casa está próxima do trabalho, se a família irá crescer ou diminuir, se terão animais de estimação, etc.
Outra opção é considerar a possibilidade de o imóvel valorizar ao longo do tempo. Além das condições do imóvel, a localização é crucial, especialmente se estiver próxima de mercados, pontos de ônibus ou outras unidades vantajosas.
Por fim, as documentações também devem ser verificadas. Antes da compra ou até mesmo do aluguel, é preciso verificar se a residência está livre de pendências legais como hipotecas, dívidas, processos judiciais ou aluguéis atrasados.