Nessa segunda-feira (8/4), a Caixa anunciou o início das contratações para financiamentos habitacionais por meio do FGTS Futuro.
Destinada a trabalhadores com renda de até R$ 2.640, a operação visa a compra de imóveis novos e usados pelo programa Minha Casa, Minha Vida.
Na modalidade, os depósitos futuros na conta do FGTS são utilizados para auxiliar na aquisição da casa própria.
A escolha pelo FGTS Futuro só pode ser feita durante a contratação da operação, conforme informou a Caixa. Além disso, o saldo da conta comprometido com o financiamento do imóvel não pode ser sacado em caso de demissão do trabalhador.
Antes da assinatura do contrato, a Caixa informará a capacidade de pagamento para o financiamento habitacional, considerando a utilização e não utilização dos depósitos futuros.
Os valores serão bloqueados na conta vinculada até a quitação completa do saldo devedor caso o contratante escolha o FGTS Futuro.
O que é o FGTS Futuro?
O FGTS Futuro é uma modalidade que tem como objetivo liberar saldo para o financiamento de imóveis destinado a famílias de baixa renda.
A ideia é que o crédito seja utilizado pelo cidadão para amortizar ou abater prestações de imóveis adquiridos pelo programa Minha Casa, Minha Vida.
Essa iniciativa foi desenvolvida pelo Conselho Curador do FGTS durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Inicialmente, o FGTS Futuro contemplará famílias de baixa renda com renda de até R$ 2.640, que se enquadram na Faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida.
Dessa forma, trabalhadores de baixa renda com carteira assinada poderão aumentar seu poder de compra para adquirir um imóvel novo ou usado.
Ao escolherem esse tipo de financiamento, os indivíduos assinarão dois contratos: um convencional com o valor ao qual já teriam direito e outro relativo à parte do FGTS Futuro.
O governo espera que essa medida beneficie anualmente cerca de 40 mil famílias com renda de até dois salários mínimos.
Como funciona o FGTS Futuro?
Com o FGTS Futuro, os trabalhadores com carteira assinada podem utilizar os depósitos do fundo para financiar um imóvel.
Para utilizar esse benefício, é necessário informar à instituição bancária onde deseja fazer o financiamento imobiliário sobre os valores que serão transferidos automaticamente pela Caixa.
Nesse sentido, a taxa de 8% do salário do trabalhador pode ser utilizada para complementar o valor da parcela do financiamento.
Para ilustrar melhor como funciona essa modalidade de financiamento, o Ministério das Cidades explica que uma família com renda de R$ 2 mil por mês tem direito a um depósito de cerca de R$ 160.
Se essa família, junto à instituição financeira, aprovar um financiamento que comprometa 22% de sua renda mensal (uma prestação de R$ 440), ela poderá financiar cerca de R$ 100 mil.
Isso é considerando a menor taxa de juros oferecida pelo fundo e o prazo máximo de amortização, que é de 420 meses, como explicou o ministério.
Além disso, se a família optar por utilizar os recursos dos depósitos por um período de 5 anos, o financiamento pode ser ampliado em cerca de 9%, chegando a um montante de R$ 108 mil, conforme o exemplo apresentado.