O Ministério da Fazenda atualizou a projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) para 2024, apontando uma redução.
Nesta última quinta-feira (21/3), foi divulgada a nova grade de parâmetros macroeconômicos da Secretaria de Política Econômica (SPE), que apresentou uma estimativa atualizada.
A estimativa deste ano baixou de 3,55% para 3,50%, o que está de acordo com o intervalo de tolerância da meta esperada para 2024, que é de 3,00% com a variação de 1,5 ponto percentual, podendo ser acima ou abaixo.
O texto divulgado pela SPE também aponta que o cenário de desinflação deve continuar até o final deste ano, influenciado pelo fenômeno da desaceleração dos preços monitorados e pela diminuição da inflação de serviços.
O documento também reforça que o processo de inflação está acontecendo de acordo com o ritmo esperado, o que reflete o “realinhamento entre os preços livres e monitorados”.
Para a média das cinco principais medidas de núcleo, a expectativa também é de desaceleração para patamar próximo a 3,40%, de 4,00% em fevereiro”, diz o texto.
Para os próximos anos, a expectativa é de uma inflação ainda menor, em torno da meta de 3,00%.
IPCA e INPC para 2025
O documento apresentado pela SPE também traz uma projeção para 2025. A última vez que a secretaria divulgou um boletim macrofiscal foi em novembro de 2023. Na época, não trouxe previsões para o ano seguinte.
Para 2025, a estimativa é de 3,10% para o IPCA.
O Ministério da Fazenda também destaca que a influência do El Niño sobre a inflação de etanol e alimentos e nas tarifas de energia elétrica foi menor do que se projetava inicialmente.
Além disso, reajustes já observados para itens monitorados nesse ano foram inferiores à expectativa, com destaque para licenciamento e emplacamento de veículos e tarifas de energia, destacou o ministério.
A Fazenda também apresentou uma projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), levando em consideração a atualização do salário mínimo, que atualmente está em R$ 1.412.
Dessa forma, a projeção para o indicador em 2024 é de 3,25%. Já para 2025 espera-se que o valor chegue em 3.00%, a meta pode ser considerada como cumprida se ficar entre 1,5% e 4,5%.
O Ministério destaca que a expectativa é que se tenha uma inflação menor para classes com rendas inferiores “comparativamente ao IPCA”, da mesma forma como aconteceu em 2024.
O que é o IPCA?
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo, mais conhecido como IPCA, é um dos referenciais de inflação mais importantes da economia brasileira.
O indicador é focado em pessoas que vivem em áreas urbanas, sendo o resultado da média dos preços que diminuíram, aumentaram ou permaneceram os mesmos no intervalo de um mês para outro.
O IPCA considera famílias que faturem de 1 a 40 salários mínimos, independente de sua fonte de renda.
Para fazer o cálculo, são analisados preços de cada dia de um mês em concessionárias de serviço público, estabelecimentos de prestação de serviço e internet.
Dessa forma, o IPCA mede os preços de uma cesta de consumo, o que ajuda a entender o custo de vida de um local em determinado período.
Acompanhar a inflação é essencial para a economia do país, tendo em vista que o fenômeno reduz o poder de compra dos indivíduos na medida que os salários não acompanham o aumento do custo de vida.