De acordo com autoridades do Governo Federal, o FGTS Futuro deve ser lançado em março. No entanto, muitos profissionais não sabem como funciona a modalidade e qual é a proposta.
No geral, a modalidade permite com que os profissionais utilizem o saldo futuro de sua conta do FGTS para o financiamento de imóveis. A expectativa é que mais de 60 mil pessoas de baixa renda sejam beneficiadas. Entenda mais a seguir.
O que é o FGTS Futuro?
O FGTS Futuro é uma modalidade que autoriza os profissionais beneficiários do Minha Casa Minha Vida (MCMV) utilizarem o dinheiro em suas contas para financiar um imóvel. A proposta é que as quantias auxiliem na amortização das parcelas.
Além disso, será permitido abater as prestações das residências que forem financiadas pela Minha Casa Minha Vida por meio desses valores. Sobretudo, o foco é auxiliar as famílias de baixa renda a obterem a casa própria.
Por meio do FGTS Futuro, o Ministério do Desenvolvimento Social em união com o Governo Federal pretende proporcionar melhores chances de obter um imóvel à população. O projeto foi desenvolvido no último governo.
Neste contexto, tem elaboração do próprio Conselho Curador do FGTS, responsável pela gestão do fundo no país. Em termos simples, essa modalidade funcionará como uma caução a fim de ampliar a renda do solicitante de um financiamento.
Assim, ao invés de utilizar somente documentos como o Imposto de Renda, será possível apresentar o saldo do FGTS para negociar condições mais vantajosas. No mais, essa prática também reduz a taxa de juros cobrada ao longo dos anos.
Quais são as regras do FGTS Futuro?
No momento da solicitação de um contrato de financiamento, o cidadão poderá utilizar os créditos que ainda serão depositados no Fundo na negociação. Portanto, esses valores serão aplicados na amortização ou pagamento das parcelas dos imóveis.
Sendo assim, o dinheiro que for depositado pela empresa na conta do trabalhador de carteira assinada vai direto para a prestação da moradia. É necessário que o profissional titular informe qual é o banco que fará o financiamento.
Ademais, deve-se determinar quais serão os valores transferidos automaticamente pela Caixa. Por via de regra, os depósitos consistem em 8% do salário do trabalhador.
Portanto, essa é a quantia limite permitida no FGTS Futuro para complementar a quantia estabelecida na parcela do financiamento. Consequentemente, a renda para o financiamento aumenta por conta dos depósitos mensais.
Como a proposta amplia a renda das pessoas, espera-se que as famílias de baixa renda tenham mais acesso ao financiamento. Ademais, poderão escolher residências de melhor qualidade, visto que a mudança no valor também aumenta o poder de escolha.
Em números específicos, o ministro Wellington Dias, da pasta de Desenvolvimento Social e Combate à Fome calcula que haverá uma maior proporção de moradias para o público com até 2 salários mínimos. Isso por meio do MCMV.
Entretanto, para entrar em vigor é necessário que a modalidade seja propriamente regulada pelas autoridades competentes. A previsão é que o FGTS Futuro entre na pauta da próxima reunião do colegiado, prevista para o dia 19 de março.